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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Esquadrão - Os Campeões do Brasil.




Nem o mais otimista dos Rubro-Negros poderia imaginar o que estaria por vir no segundo semestre do ano de 1987. Homero Lacerda assumira a presidência do clube naquele ano montando um grande time para o campeonato Estadual. Vieram grandes nomes do futebol nacional para compor a equipe leonina como Éder Aleixo, o goleiro Leão, o ponta Robertinho, Ademir Lobo, entre outros. Mas a equipe fracassou. Éder não permaneceu no elenco e o goleiro Émerson Leão estreava sua carreira de técnico no Sport.

Então o Leão da Ilha começou a mostrar as garras e surpreender todo Brasil. Podia não ser um time virtuoso de técnica, mas eram verdadeiros guerreiros. A raça e a velocidade eram o ponto forte daquela fantástica equipe. O toque de classe ficava por conta do extraordinário Ribamar, uma grata surpresa na época e o fantástico Robertinho. E este time foi derrotando seus adversários um a um dentro das quatro linhas enquanto os competentes dirigentes iam derrotando outros adversários tão perigosos, porém bem mais nocivos, nos tribunais. E assim, com a fibra de um verdadeiro campeão que aquela fantástica equipe deu ao Sport Club do Recife o mais importante título de sua história. O esquadrão de Ouro tinha como time base: Flávio, Betão, Estevam, Marco Antonio e Macaé; Rogério, Zico e Ribamar; Robertinho, Nando e Neco.

AINDA MAIS FORTES: Em 1988 com a disputa da Libertadores da América o Sport precisou reforçar seu elenco. Assim o ótimo time de 1987 ficou ainda melhor com as chegadas de grandes reforços como Vagner Basílio, China e Edson, entre outros. E este time se sagrou campeão Pernambucano de 1988 e fez um extraordinário Campeonato Brasileiro, sendo apenas eliminado nas oitavas de final pelo Bahia, que se tornaria o campeão do ano. O time base do Sport de 88 era composto por: Flávio, Betão, Vagner Basílio, Marco Antonio e João Pedro; Dinho, Ribamar e Zico; Robertinho, Nando e Édson

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Campeões do Futebol.


Campeões do 1º semestre, Inter e Santos contrariam lógica e brigam por título
Colorados e alvinegros brigam por título do Brasileirão mesmo após conquistas do primeiro semestre e mostram que não vão dar sossego a Fluminense e Corinthians
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Da Redação

Neymar é a aposta do Santos para tentar terceiro título em 2010
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Internacional e Santos fizeram a parte que lhes cabiam no primeiro semestre com os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil, respectivamente. Mas não pararam por aí. Contrariando a lógica da era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiros, colorados e alvinegros terminam o primeiro turno brigando por mais um troféu em 2010.

Com uma partida a menos, já que se enfrentarão em 13 de outubro, Inter e Santos somam 31 pontos, sete a menos que o líder Fluminense. E apesar de já estarem de "barriga cheia" em 2010, demonstraram, depois dos troféus que levantaram, que ainda cabe mais e prometem briga acirrada com Fluminense e Corinthians, que ameaçam disparar na ponta.

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Sem ganhar o Brasileirão desde 1979, o Internacional já está classificado para a Libertadores de 2011, mas não quer perder o embalo para o Mundial de Clubes. Foi o melhor time do pós-Copa, com 24 pontos, e levou para casa 11 dos 15 pontos possíveis depois de ser bicampeão da Libertadores.

O Santos não teve o mesmo desempenho depois do Mundial, com 19 pontos, mas vem com grandes atuações após o inédito título da Copa do Brasil, com 13 pontos somados em 18 possíveis.

E o time da Vila Belmiro vem conseguindo esse desempenho mesmo com toda a instabilidade por que vem passando. Além da turbulência com o assédio do Chelsea sobre Neymar, o Santos perdeu o meia Paulo Henrique Ganso para o restante da temporada por causa de uma grave lesão no joelho.

Até então, o ano de 2003 foi o único que teve os times de melhor desempenho no primeiro semestre repetindo as atuações no Brasileiro. Na ocasião, Cruzeiro e Santos, campeão da Copa do Brasil e vice da Libertadores, respectivamente, terminaram o torneio nacional como campeão e vice. Em 2004, o São Paulo foi o brasileiro mais longe na Libertadores (semifinal) e terminou em terceiro.

Os problemas dos times pós-conquistas começaram a aparecer em 2005. O São Paulo, vencedor do Paulista e da Libertadores, foi mal no Brasileirão, acabando em 11º lugar, pouco antes de arrebatar o tricampeonato mundial. Na virada do primeiro turno, o time tricolor estava na zona de rebaixamento.

No ano seguinte, o Inter criou a primeira exceção ao terminar como vice-campeão brasileiro depois de se sagrar campeão da Libertadores. O Flamengo, contudo, foi apenas o 11º do Brasileirão depois de ser bicampeão da Copa do Brasil.

Em 2007, o Fluminense, vencedor da Copa do Brasil, iniciou seu trabalho rumo à Libertadores e fechou o Brasileirão na quarta posição. Mas passou por dificuldade, já que terminou o primeiro turno em 12º. O Grêmio, vice da Libertadores ao perder a final para o Boca Juniors, foi o sexto.

A partir daí, a lógica dos times satisfeitos com as conquistas iniciais em um ano voltou. Em 2008, o Sport, campeão da Copa do Brasil em cima do Corinthians, foi o 11º do Brasileirão, enquanto o Fluminense, vice da Libertadores após cair diante da LDU, acabou em 14º.

No ano passado, nem o Corinthians de Ronaldo e Mano Menezes escapou. Após o primeiro semestre brilhante com os títulos paulista e da Copa do Brasil, o Alvinegro fraquejou e foi só o 10º no Brasileirão. O Cruzeiro, vice da Libertadores após perder do Estudiantes a decisão, terminou em quarto, mas sofreu. O time mineiro só passou a integrar os 10 primeiros colocados a 10 rodadas do fim.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

História do Boxe...



Lutadores em combate no ringue.




História do Boxe Brasileiro
Primeiros vestígios do boxe no Brasil

No início do sec. XX, a prática desportiva era quase totalmente desconhecida no Brasil. Os raros esportistas limitavam-se a membros das comunidades de emigrantes alemães e italianos, no Rio Grande do Sul e em Sao Paulo. Foi só com eles que foi introduzida, entre nós, a idéia de competição esportiva entre dois homens ou entre equipes, principalmente em modalidades como natação e canoagem.

Além dessa falta de tradição esportiva, outra característica desfavorecia a introdução do boxe no Brasil: no final do sec. XIX e início do XX, lutar era sempre associado a coisa de capoeiristas e, então, à marginalidade. Esse preconceito era especialmente forte entre os membros da elite dirigente do país.

As primeiras exibições de boxe em solo brasileiro ocorreram naquela época e só reforçaram esse preconceito: foram feitas por marinheiros europeus, que tinham aportado em Santos e no Rio de Janeiro, e naquela época os marinheiros eram recrutados das classes mais humildes.

Em 1913: a primeira lição

Em 1913, travou-se a mais antiga luta de boxe em território brasileiro que ficou documentada. Tratava-se apenas de uma luta de exibição - ou de desafio, não se tem certeza pois os testemunhos da época divergem nesse detalhe - em São Paulo, entre um pequeno ex-boxeador profissional que fazia parte de uma companhia de ópera francesa e o atleta Luis Sucupira, conhecido como o Apolo Brasileiro em razão de seu físico avantajado.

Embora surrado, o nosso Apolo reconheceu que a técnica pode superar a força e tornou-se um grande entusiasta do boxe e seu primeiro grande divulgador. Dado seu prestígio, era médico e filho de conceituada família, seu apoio em muito contribuiu para atenuar o preconceito que já mencionamos.

O boxe é divulgado e legalizado no Brasil

A propaganda de Sucupira entusiasmou alguns jovens que eram membros da tradicional Societá dei Canotiere Esperia, de São Paulo, os quais tentaram incluir o boxe entre as atividades dessa associação; esse esforço durou entre 1914 e 1915, e parece não ter frutificado.

A real divulgação iniciou apenas em 1919, com Goes Neto, um marinheiro carioca que havia feito várias viagens à Europa, onde havia aprendido a boxear. Naquele ano de 1919, Goes Neto retornara ao Brasil e resolveu fazer várias exibições no Rio de Janeiro. Com as mesmas, um sobrinho do Presidente da República, Rodrigues Alves, se apaixonou pela nobre arte. O apoio de Rodrigues Alves facilitou a difusão do boxe: começaram a surgir academias e logo esse esporte ganhou a áurea da "legalidade", de esporte regulamentado, com a criação das "comissões municipais de boxe" em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro. Isso tudo, entre 1920 e 1921.

Os primeiros treinadores competentes: início da década dos 20's

Até 1923, os treinadores eram improvisados. A situação só começou a melhorar quando Batista Bertagnolli estabeleceu-se, em 1923, como organizador de lutas no Clube Espéria, de São Paulo. Bertagnolli, que havia aprendido boxe na Europa, muito bem soube usar seus conhecimentos fazendo um controle de qualidade nas lutas realizadas todos os domingos naquele importante clube da Ponte Preta. O reconhecimento do público foi imediato, passando a lotar as dependências do Espéria.

Contudo, a primeira pessoa que hoje seria considerada um treinador foi Celestino Caversazio. A dívida do boxe brasileiro para com Carvesazio é imensa e, se tivermos que apontar sua principal contribuição, diríamos que foi ser professor dos primeiros treinadores importantes do Brasil: os irmãos Jofre, Atílio Lofredo, Chico Sangiovani, etc.

Ainda em 1923, no Rio de Janeiro, foi criada a primeira academia de boxe no Brasil: era o Brasil Boxing Club que muito difundiu o boxe entre os cariocas.

Em 1924: a tragédia Ditão e consequências

Entre 1908 e 1915, o boxeador negro Jack Johnson deteve o cinturão de campeão mundial dos pesados e muito humilhou os brancos que o desafiaram. Uma consequência disso foi os dirigentes americanos proibirem os cinemas de passarem fitas ou noticiários com lutas de boxe. Em 1915, Jess Wilard derrotou Johnson e assim passou o cinturão para a raça branca. A partir daí e, principalmente, a partir de 1919, quando Jack Dempsey - outro branco - derrotou Wilard e passou a fazer defesas de título com públicos de dezenas de milhares de pagantes, os filmes de boxe foram liberados novamente.

Logo esses filmes chegaram nos cinemas brasileiros e despertaram em nossos jovens e empresários do boxe uma imensa ganância. Todos ficaram sonhando com o fácil enriquecimento através do boxe. Jovens que nunca haviam feito nenhuma luta, saiam do interior do país e iam para São Paulo ou Rio de Janeiro com vistas a se tornarem profissionais do boxe.

Foi então que, no final do ano de 1922, Benedito dos Santos "Ditão" iniciou a treinar boxe numa academia de São Paulo. Ditão era um negro de porte gigantesco, enorme aptidão para o boxe e um direto irresistível. Em um par de meses, já no início de 1923, estreiava como profissional e, sem nenhuma dificuldade, derrotou seus três primeiros adversários, todos no primeiro round. Se somarmos o tempo total de luta desses três combates, não chegaremos a três minutos. Era essa a experiência profissional de Ditão.

Como depois relatou o técnico Atílio Lofredo, "Todo o mundo estava enlouquecido de entusiasmo com Ditão; seus três fulminantes nocautes levaram todos a acreditar que nenhum homem do mundo poderia resistir à sua pancada devastadora". Não menor era o entusiasmo dos empresários da época, os quais viram uma chance milionária quando passou pelo Brasil o campeão europeu dos pesados, Hermínio Spalla, que tinha ido até à Argentina enfrentar o legendário Angel Firpo.

Rapidamente, foi organizada uma luta entre Ditão e Spalla que rendeu 120 contos de réis, uma fortuna para a época. O início da luta foi quase de encomenda para a platéia: já de saída, Spalla foi derrubado pela potentíssima direita de Ditão. O público foi ao delírio, mas não era por nada que Spalla tinha mais de sessenta lutas com adversários de nível internacional. O italiano levantou-se e a partir do terceiro round iniciou a demolir Ditão. Esse, qual leão ferido, tentou resistir mas acabou caindo no nono round. Teve um derrame cerebral, mas sobreviveu para terminar seus dias como inválido.

Imediatamente após a derrota de Ditão, os jornais iniciaram uma campanha contra o boxe, o que levou o governador de São Paulo a proibir sua prática. Mas não ficou só nisso o impacto da tragédia de Ditão: por quase dez anos, os empresários brasileiros ficaram receosos de trazer boxeadores estrangeiros.

O período de ouro entre 1926 e 1932

Após revogada a proibição, em abril de 1925, o boxe brasileiro voltou a crescer a partir das sementes lançadas pelos primeiro treinadores competentes.
No período que se seguiu, entre os vários lutadores de destaque, o maior ídolo foi o peso leve Italo Hugo, o Menino de Ouro. Entre seus maiores feitos está o nocaute, em primeiro round, sobre o campeão sul-americano dos leves, Juan Carlos Gazala, em 1931.
Em 1932, tivemos novo impasse: a Revolução de 32 paralisou tudo.

Década dos 30's

O acontecimento marcante desse período foi a criação das federações de boxe - carioca, paulista, etc - com as quais se deu condições de os boxeadores profissionais brasileiros disputarem oficialmente títulos internacionais e os amadores poderem participar de torneios e campeonatos internacionais.

Como consequência, já em 1933, fomos pela primeira vez a um campeonato internacional: o Sul-Americano de Boxe Amador, que se realizou na Argentina. A seleção brasileira era composta apenas de cariocas, pois que somente Rio de Janeiro tinha boxe legalizado através de federação.
Tínhamos, contudo, um grande caminho a percorrer. Nessa época, o boxe de nossos vizinhos argentinos, uruguaios e chilenos era tão superior que considerávamos uma façanha perder "apenas" por pontos para um deles...

Época do Ginásio do Pacaembu

Esse ginásio foi criado em 1940 e nele, pela primeira vez, podia-se ver lutas de brasileiros com nível verdadeiramente internacional. Os mais destacados deles foram: Atílio Lofredo e Antônio Zumbano ( o "Zumbanão" ).

Zumbanão foi o primeiro grande astro do boxe brasileiro, imperando absoluto por um longo período: de 1936 a 1950, durante o qual realizou cerca de 140 lutas, mais da metade das quais ganhou por nocaute. Era um peso médio de grande poder de punch e não menor capacidade de esquiva. Verdadeiro ídolo, arrastava multidões ao Pacaembu.

O início do boxe moderno: anos 50's

Esta foi uma nova época de ouro para o boxe brasileiro: grandes espetáculos, nacionais e internacionais, e uma imensa galeria de astros. Um dos elementos decisivos para isso foi a ação do primeiro mega-empresário do boxe brasileiro, Jacó Nahun.
Além de ter lançado alguns dos grandes nomes do boxe brasileiro - como Kaled Curi, Ralf Zumbano e Éder Jofre -, Jacó Nahun conseguiu um intercâmbio com os dirigentes do Luna Park, o maior ginásio de boxe da América do Sul, com o que centenas de boxeadores argentinos vieram lutar no Pacaembu e, posteriormente, no Ginásio do Ibirapuera. Isso foi uma excelente escola que contribuiu decisivamente para o amadurecimento do boxe brasileiro.

Na época, tivemos tantos bons boxeadores que fica até difícil destarcamos alguns deles sem correr risco de fazer injustiça. Por razões de espaço, apontaremos apenas quatro deles os quais se não forem unanimidade certamente estarão em qualquer lista de "os mais importantes da época":
Kaled Curi, o "Beduíno"
peso galo dotado de fortíssima esquerda; frequentemente lutava com adversários de várias categorias acima, sendo que travou muitas lutas verdadeiramente antológicas; como amador, chegou a campeão latino-americano e como profissional foi campeão brasileiro; podia ter ido além se não se envolvesse tanto com questões administrativas das federações e com a promoção de lutas; após parar de lutar, dedicou-se a empresariar boxeadores e promover eventos de boxe profissional.
Ralph Zumbano, o "Bailarino"
peso leve de pouca "pegada" mas estilo, esquiva, técnica e jogo de pernas elogiadas até internacionalmente; teve carreira curta como lutador, passando a treinador de sucesso.
Luis Inácio, o "Luisão"
talvez, o maior meio-pesado brasileiro de todos os tempos; extremamente popular por seu carisma, suas entrevistas folclóricas, sua velocidade e poder de punch; foi o primeiro brasileiro a conquistar medalha de ouro nos Jogos Panamericanos ( México 1955 ); como profissional, chegou a campeão sul-americano dos meio-pesados, tendo feito inúmeras lutas internacionais, inclusive com o legendário Archie Moore; sua popularidade acabou sendo sua tragédia: ao subestimar o famoso campeão chileno Humberto Loayza, numa troca de golpes, acabou sofrendo um violento nocaute; como era bilheteria certa, os empresários nem lhe deixaram descansar, continuaram a lhe promover lutas, as quais só agravaram a lesão que havia sofrido; o resultado foi o esperado: Luisão acabou "sonado" ( ficou extremamente sensível a qualquer golpe na cabeça e a exibir sintomas da chamada "demência pugilística" ) passando a ser derrotado por qualquer um, inclusive em brigas de rua com marginais; acabou morrendo como indigente e se tornando mais uma triste lição para o boxe profissional brasileiro.
Paulo de Jesus Cavalheiro
Peso meio-médio, atuando profissionalmente entre 55 e 58. Extremamente carismático, só perderia em popularidade para o Zumbanão. Já era tratado como ídolo nos seus tempos de amador. Tinha grave problema cardíaco que prejudicava muito sua atuação.

A década de Eder Jofre: os anos 60's

O maior boxeador brasileiro de todos os tempos nasceu em uma família de pugilistas: tanto por parte do pai ( família Jofre, oriunda da Argentina ) como por parte da mãe ( família dos Zumbanos ). Assim que Éder Jofre, praticamente, nasceu dentro do ringue e desde cedo aprendeu as "manhas" da nobre arte.

Desde muito cedo exibia características que acabaram lhe colocando num lugar de destaque na história do boxe mundial: tinha como principal arma um fortísssimo gancho de esquerda ( vide foto ao lado ), e uma igualmente arrasadora direita; não menos importante era sua grande inteligência que lhe permitia modificar o estilo de luta segundo o adversário.

Estreiou como amador aos 17 anos de idade, em 1953. Em seus quatro anos de competição entre os amadores não conseguiu nenhum título de importância internacional. Seu sucesso só viria explodir como profissional, carreira que iniciou aos 21 anos, em 1956.

Já em 1958 tornou-se campeão brasileiro dos pesos galo. Contudo, o sucesso internacional não foi tão rápido. Para isso foi fundamental o trabalho de seu empresário, Jacó Nahun. Esse, usou sua experiência para construir uma "escadinha" que permitisse Éder fazer um renome internacional e assim poder esperar por uma chance de disputar o título mundial. Essa chance começou a ficar mais próxima em 1960, quando Jacó Nahun conseguiu a inclusão de Éder entre os dez primeiros do ranking de galos da NBA ( a associação que mais tarde deu origem a atual WBA=Associação Mundial de Boxe ). Atingindo esse ponto, Éder trocou de empresário ( Nahun, magoado com a "traição", abandonou o boxe ) e foi lutar nos USA, onde fêz três lutas que melhoraram sua posição no ranking. Ainda nesse mesmo ano de 1960, finalmente, materializou-se a oportunidade de disputa pelo título mundial quando o então campeão mundial dos galos, Joe Becerra, renunciou ao seu título depois de ter causado a morte de seu último adversário. Com isso, no final de 1960, acabou sendo marcada uma luta pelo título vago entre Éder e o mexicano Eloy Sanchez. Éder Jofre precisou de apenas seis rounds para se adonar do cinturão.

Contudo, Éder ainda não havia chegado ao topo, pois a União Européia de Boxe não reconhecia os campeões da americana NBA. Foi só em 1962 que surgiu a oportunidade de uma luta pela unificação dos pesos galo, entre Jofre campeão pela NBA e Johnny Caldwell campeão pela UEB. Essa luta foi travada no ginásio do Ibirapuera, com um público record de 23 000 pessoas. Éder massacrou o irlandês Caldwell e se tornou o undisputed champion dos pesos galo.

Jofre defendeu com sucesso seu cinturão por sete vezes, até 1965, não fugindo de nenhum adversário, por mais perigoso que esse fosse. Contudo, seu maior inimigo crescia a olhos vistos: era seu excesso de peso, que lhe fêz realizar várias lutas muito desidratado e até mal alimentado. Apesar disso, pressionado de vários lados, Éder preferiu não subir para a categoria dos pesos pena. A decisão foi errada: em 1965 foi vencido pelo maior boxeador japonês de todos os tempos, Masahiko "Fighting" Harada. No ano seguinte, o japonês concedeu revanche e venceu novamente. Com isso, Jofre declarou sua aposentadoria. Tinha 10 anos de profissionalismo e estava com 30 anos, o que é considerada uma idade avançada para um boxeador da categoria dos galos.

Como peso galo, Éder Jofre recebeu as maiores distinções: em eleição promovida pela mais conceituada publicação de boxe do mundo, The Ring Magazine, os leitores dessa revista elegeram Éder Jofre como um dos dez melhores boxeadores do século XX; foi o primeiro boxeador não americano indicado para o Hall of Fame do boxe; etc.

Epoca da penúria: 70's

O sucesso do peso galo Éder Jofre motivou o surgimento de muitos boxeadores brasileiros. Entre esses, os mais destacdos foram:
Servílio de Oliveira
peso mosca de estilo brilhante, golpes e esquivas de precisão milimétrica; por muitos, é considerado o melhor boxeador já surgido no Brasil; estreiou em 1968 nos amadores e já no mesmo ano conseguiu o maior feito do boxe amador brasileiro até então: medalha de bronze nas Olimpíadas; em 1969 estreiou nos profissionais onde atuou até 1971, fazendo várias lutas internacionais, a maioria com boxeadores sul-americanos; em 1971, em luta com um mexicano, sofreu um deslocamento de retina que o deixou praticamente cego do olho direito e o fêz abandonar sua muitísssimo promissora carreira; em 1976, tentou voltar, chegando a fazer algums lutas internacionais, mas na primeira disputa de título, sofreu impedimento médico e abandonou de vez o esporte.
Miguel de Oliveira
iniciou no profissionalismo na mesma época que Servílio e se destacou por ser um peso médio-ligeiro de soco potente, especialmente quando desferia o hook no fígado, e de ser dotado de grande inteligência; em 1973 já tinha 29 lutas e teve sua oportunidade na disputa pelo título mundial pelo CMB; em 1975 teve nova chance, agora com sucesso, arrebantando o cinturão mundial pelo CMB do espanhol José Duran; infelizmente, mal orientado, perdeu o título já na primeira defesa.
O terceiro boxeador importante dessa época foi, novamente, Éder Jofre, que, premido por dificuldades financeiras, voltou a boxear em 1970, agora nos pesos pena. Éder continuou a brilhar e em 1973 conquistou o título mundial do CMB, infelizmente não tão importante quanto o que tinha ganho como galo. Também não teve sorte com seu empresário que acabou deixando-o em inatividade por tempo excessivo o que fêz com que o CMB o destituísse do título. Apesar de não ser mais campeão, ele continou a lutar, sempre invicto até 1976, quando encerrou definitivamente sua carreira, aos 40 anos de idade. Ao longo de sua vida de profissional, realizou 78 lutas, sendo que ganhou 50 por nocaute e teve apenas duas derrotas, ambas por pontos e para o histórico Masahiko "Fighting" Harada.

Assim que, quase simultaneamente, tivemos a aposentadoria de três dos maiores lutadores brasileiros de todos os tempos: Jofre, Servílio e Miguel de Oliveira. Isso e a transmissão dos jogos de futebol pela TV funcionaram como uma ducha fria no boxe brasileiro, que mergulhou num período bastante negro, de ginásios vazios e poucas perspectivas.

O fenômeno Maguila e o ressurgimento do boxe

No início dos anos oitenta, pela primeira vez no Brasil, uma rede de TV ( a TV Bandeirantes ), por iniciativa de seu diretor de esportes ( Luciano do Valle, o qual também atuava como promotor de eventos esportivos, através de sua empresa, a Luque Propaganda, Promoções e Produções ), resolveu investir pesado no boxe, transformando-o em espetáculo de massa.

Os primeiros boxeadores feitos pela TV brasileira, Francisco Thomás da Cruz ( peso super-pena ) e Rui Barbosa Bonfim ( meio-peaso ), tiveram relativo sucesso, mas foi só com Adislon "Maguila" Rodrigues que as transmissões de lutas de boxe pela TV alcançaram absoluta liderança de audiência.

Maguila, com 1,86 metros e cerca de 100 Kg, foi um dos poucos pesos pesados brasileiros. Tinha grandes elementos para ser um ídolo: enorme carisma aliado à grande valentia, mobilidade e uma direita demolidora que lhe propiciou nada menos do que 78 nocautes em sua carreira de 87 lutas, a maioria das quais com lutadores europeus, sul-americanos e norte-americanos.

Maguila estreiou como profissional em 1983, tendo Ralph Zumbano como técnico e Kaled Curi como empresário. Em 1986, já no auge da fama, assinou contrato com a Luque e passou a treinar com Miguel de Oliveira que alterou profundamente seu estilo de luta e corrigiu seus defeitos de defesa. Como consequência, em 1989, chegou a ser o segundo colocado no ranking do CMB e em rota de colisão com Mike Tyson, na época, o undisputed champion do mundo.

O grande momento, contudo, nunca ocorreu. Precisou enfrentar dois dos maiores pesados do século XX: Evander Holyfield e George Foreman. Perdeu essas duas lutas e isso lhe tirou não só a chance de disputar o título como o encaminhou para a obscuridade. Para piorar, Maguila aumentou muito de peso, perdendo a forma física. Apesar disso, em 1995, chegou a campeão mundial pela WBF ( Federação Mundial de Boxe ), uma associação que ainda não havia conseguido grande respeitabilidade. Com falta de patrocínio, pouco tempo depois, Maguila foi destituído do título por inatividade.

Com o ocaso de Maguila, também veio o do boxe brasileiro que rapidamente perdeu o enorme espaço que havia tido na televisão.

No final dos anos noventa, surgiu uma nova promessa: Acelino de Freitas, o Popó. Patrocinado pela Rede Globo de televisão, Popó chegou ao título de campeão mundial pelo WBO . Ainda é cedo para avaliarmos a posição que lhe reservará a História.

Comentários finais:

O texto acima é apenas uma tentativa de resumir a história do boxe brasileiro. Para se fazer justiça aos mais de 10 000 boxeadores profissionais que atuaram no período seria necessário um longo livro.

Fonte: Site da Federação Rio Grandense de Boxe
URL: http://www.boxergs.com.br/

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Notas sobre a História do Boxe Brasileiro

- Zumbanão
- Paulo de Jesus
- Luisão
- Éder Jofre
- Maguila
MELHORES boxeadores brasileiros:
- Ítalo Rossi
- Zumbanão
- Servílio de Oliveira
- Éder Jofre
boxeadores brasileiros de maior SUCESSO:
- Éder Jofre
- Miguel de Oliveira
- Maguila
- Acelino de Freitas, o Popó


Dificuldades para a penetração do boxe no Brasil

Como decorrência da colonização portuguesa, até o início do sec. XX, a prática desportiva era quase totalmente desconhecida no Brasil. Os raros esportistas limitavam-se a membros das comunidades de emigrantes alemães e italianos, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Foi só com eles que foi introduzida, entre nós, a idéia de competição esportiva entre dois homens ou entre equipes, principalmente em modalidades como canoagem e natação.

Além dessa falta de tradição esportiva, outra característica desfavorecia a introdução do boxe no Brasil: até o início do século XX, o único tipo de luta que se conhecia aqui era a capoeira e, na época, capoeira era considerada coisa de marginal, de gente que brigava com a polícia. Esse preconceito era especialmente forte entre os membros da elite dirigente do país.

Não menos importante é o fato de que, desde a metade do século XIX, o centro das atividades pugilísticas saira da Inglaterra e fora para os USA. Ora, até boa parte do século XX, o grosso das informações internacionais que chegavam ao Brasil vinham da Europa, principalmente da França. Não tinhamos interesse por acontecimentos ocorridos nos USA.

Mesmo com a popularização de meios de comunicação mais modernos, no início do século XX, como é o caso do cinema, a penetração do boxe no Brasil continuou difícil. Nisso teve importante papel o fato de que, em 1908, o boxeador negro Jack Johnson conquistou o cinturão de campeão mundial dos pesados e muito humilhou os brancos que passaram a desafiá-lo. Como o racismo era muito forte nos USA, os brancos conseguiram a proibição de se passar fitas ou noticiários com lutas de boxe nos cinemas americanos. Essa situação durou até 1915, quando o gigante branco Jess Wilard conseguiu afinal derrotar Johnson. A partir daí, gradativamente, os filmes de boxe começaram a passar nos cinemas americanos. Contudo, esses filmes ainda levaram alguns anos até chegarem ao Brasil.

Primeiros vestígios do boxe no Brasil

As primeiras exibições de boxe em solo brasileiro ocorreram ainda no "reinado" do grande Jack Johnson, mais precisamente, lá por cerca de 1910. Consistiram de exibições feitas por marinheiros europeus, que tinham aportado em Santos e no Rio de Janeiro, e só reforçaram o preconceito que apontamos acima, uma vez que naquela época os marinheiros eram recrutados das classes mais humildes.

Em 1913: a primeira lição

Em 1913, travou-se a mais antiga luta de boxe em território brasileiro que ficou documentada. Tratava-se apenas de uma luta de exibição - ou de desafio, não se tem certeza pois os testemunhos da época divergem nesse detalhe - em São Paulo, entre um pequeno ex-boxeador profissional que fazia parte de uma companhia de ópera francesa e o atleta Luis Sucupira, conhecido como o Apolo Brasileiro em razão de seu físico avantajado.

Embora surrado, o nosso Apolo reconheceu que a técnica pode superar a força e tornou-se um grande entusiasta do boxe e seu primeiro grande divulgador. Dado seu prestígio - era médico e filho de conceituada família - seu apoio em muito contribuiu para atenuar o preconceito que já mencionamos.

O boxe é divulgado e legalizado no Brasil

A propaganda de Sucupira entusiasmou alguns jovens que eram membros do tradicional Club Canottiere Esperia ( o mais antigo clube de canoagem de São Paulo, fundado em 1899 e ainda hoje existente, sob a denominação Clube Esperia ). Esses jovens não tiveram grande dificuldade em incluir o boxe entre as atividades dessa associação, pois que a mesma já havia aceito vários outros esportes além da canoagem. Contudo, as atividades "boxísticas" no Esperia limitaram-se aos anos de 1914 e 1915, e não frutificaram.

A real divulgação iniciou apenas em 1919, com Goes Neto, um marinheiro carioca que havia feito várias viagens à Europa, onde havia aprendido a boxear. Naquele ano de 1919, Goes Neto retornara ao Brasil e resolveu fazer várias exibições no Rio de Janeiro. Com as mesmas, um sobrinho do Presidente da República, Rodrigues Alves, se apaixonou pela nobre arte. O apoio de Rodrigues Alves facilitou a difusão do boxe: começaram a surgir academias e logo esse esporte ganhou a áurea da "legalidade", de esporte regulamentado, com a criação de "comissões municipais de boxe" em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro. Isso tudo, entre 1920 e 1921.

Os primeiros treinadores competentes: início da década dos 20's

Até 1923, os treinadores eram improvisados. A situação só começou a melhorar quando Batista Bertagnolli estabeleceu-se, em 1923, como organizador de lutas no Club Canottieri Esperia. Bertagnolli, que havia aprendido boxe na Europa, muito bem soube usar seus conhecimentos fazendo um controle de qualidade nas lutas realizadas todos os domingos naquele importante clube da Ponte Preta. O reconhecimento do público foi imediato, passando a lotar as dependências do Esperia.

Contudo, a primeira pessoa que hoje passaria como treinador foi Celestino Caversazio. A dívida do boxe brasileiro para com Carvesazio é imensa e, se tivermos que apontar sua principal contribuição, diríamos que foi ser professor dos primeiros treinadores importantes do Brasil: Atílio Lofredo, Chico Sangiovani, os irmãos Jofre, etc.

Ainda em 1923, foi criada a primeira academia de boxe no Rio de Janeiro: era o Brasil Boxing Club que muito difundiu o boxe entre os cariocas.

Em 1924: a tragédia Ditão e consequências

Por essa época, já era comum os cinemas passarem trechos de lutas de boxe americanas, principalmente as lutas do então campeão mundial dos pesados Jack Dempsey, que havia tomado o cinturão de Jess Wilard e era branco como ele. Lutas como Dempsey versus o ídolo francês Carpentier ( em 1921 e com uma bilheteria de quase dois milhões de dollares, uma fortuna na época ), ou a Dempsey versus o gigantesco argentino Luiz Angel Firpo ( em 1923 e com bilheteria de mais de um milhão ). Isso, num Brasil extremamente pobre e com poucas oportunidades de trabalho, deixava muitos brasileiros sonhando com o fácil enriquecimento através do boxe. Jovens que nunca haviam feito nenhuma luta, saiam do interior do país e iam para São Paulo ou Rio de Janeiro com vistas a se tornarem profissionais do boxe.

Foi então que, no final do ano de 1922, Benedito dos Santos "Ditão" iniciou a treinar boxe numa academia de São Paulo. Ditão era um negro de porte gigantesco, enorme aptidão para o boxe e um direto irresistível. Em um par de meses, já no início de 1923, estreiava como profissional e, sem nenhuma dificuldade, derrotou seus três primeiros adversários, todos no primeiro round. Se somarmos o tempo total de luta desses três combates, não chegaremos a três minutos. Era essa a experiência profissional de Ditão.

Como depois relatou o técnico Atílio Lofredo, "Todo o mundo estava enlouquecido de entusiasmo com Ditão; seus três fulminantes nocautes levaram todos a acreditar que nenhum homem do mundo poderia resistir à sua pancada devastadora". Não menor era o entusiasmo dos empresários da época, os quais viram uma chance milionária quando passou pelo Brasil o campeão europeu dos pesados, Hermínio Spalla, que tinha ido até à Argentina enfrentar o legendário Firpo.

Rapidamente, foi organizada uma luta entre Ditão e Spalla que rendeu 120 contos de réis, uma fortuna para a época. O início da luta foi quase de encomenda para a platéia: já de saída, Spalla foi derrubado pela potentíssima direita de Ditão. O público foi ao delírio, mas não era por nada que Spalla tinha mais de sessenta lutas com adversários de nível internacional. O italiano levantou-se e a partir do terceiro round iniciou a demolir Ditão. Esse, qual leão ferido, tentou resistir mas acabou caindo no nono round. Teve um derrame cerebral, mas sobreviveu para terminar seus dias como inválido.

Imediatamente após a derrota de Ditão, os jornais iniciaram uma campanha contra o boxe, o que levou o governador de São Paulo a proibir sua prática. Mas não ficou só nisso o impacto da tragédia de Ditão: por quase dez anos, os empresários brasileiros ficaram receosos de trazer boxeadores estrangeiros.

O período de ouro entre 1926 e 1932

Após revogada a proibição, em abril de 1925, o boxe brasileiro voltou a crescer a partir das sementes lançadas pelos primeiro treinadores competentes.
No período que se seguiu, entre os vários lutadores de destaque, o maior ídolo foi o peso leve Italo Hugo, o
Menino de Ouro. Entre seus maiores feitos está o nocaute, em primeiro round, sobre o campeão sul-americano dos leves, Juan Carlos Gazala, em 1931.
Em 1932, tivemos novo impasse: a Revolução de 32 paralisou tudo.

Década dos 30's

O acontecimento marcante desse período foi a criação das federações de boxe - carioca, paulista, etc - com as quais se deu condições legais de os boxeadores profissionais brasileiros disputarem oficialmente títulos internacionais e os amadores poderem participar de torneios e campeonatos internacionais.

Como consequência, já em 1933, fomos pela primeira vez a um campeonato internacional: o Sul-Americano de Boxe Amador, que se realizou na Argentina. A seleção brasileira era composta apenas de cariocas, pois que somente Rio de Janeiro tinha boxe legalizado através de federação.
Tínhamos, contudo, um grande caminho a percorrer. Nessa época, o boxe de nossos vizinhos argentinos, uruguaios e chilenos era tão superior que considerávamos uma façanha perder "apenas" por pontos para um deles...

Época do Ginásio do Pacaembu

Esse ginásio foi criado em 1940 e nele, pela primeira vez, podia-se ver lutas de brasileiros com nível verdadeiramente internacional. Os mais destacados deles foram: Atílio Lofredo e Antônio Zumbano ( o "Zumbanão" ).

Zumbanão foi o primeiro grande astro do boxe brasileiro, imperando absoluto por um longo período: de 1936 a 1950, durante o qual realizou cerca de 140 lutas, mais da metade das quais ganhou por nocaute. Era um peso médio de grande poder de punch e não menor capacidade de esquiva. Verdadeiro ídolo, arrastava multidões ao Pacaembu.

O início do boxe moderno: anos 50's

Esta foi uma nova época de ouro para o boxe brasileiro: grandes espetáculos, nacionais e internacionais, e uma imensa galeria de astros. Um dos elementos decisivos para isso foi a ação do primeiro mega-empresário do boxe brasileiro: Jacó Nahun.
Além de ter lançado alguns dos grandes nomes do boxe brasileiro - como Kaled Curi, Ralf Zumbano e Éder Jofre -, Jacó Nahun conseguiu um intercâmbio com os dirigentes do Luna Park, o maior ginásio de boxe da América do Sul, com o que centenas de boxeadores argentinos vieram lutar no Pacaembu e, posteriormente, no Ginásio do Ibirapuera. Isso foi uma excelente escola que contribuiu decisivamente para o amadurecimento do boxe brasileiro.

Outro acontecimento marcante foi a campanha que a União Pugilística do Brasil ( uma espécie de sindicato, congregando treinadores e boxeadores profissionais ) e os Diários e Emissoras Associados ( a maior rede brasileira de comunicações da época ) desenvolveram entre 54 e 55. O resultado foi a criação de mais de trinta centros de prática de boxe em empresas, indústrias, quartéis, sindicatos, etc.

Como consequência disso tudo, na época, acabamos tendo tantos bons boxeadores que fica até difícil se destacar alguns deles sem corrermos risco de fazer injustiça. Por razões de espaço, apontaremos apenas quatro pugilistas os quais se não forem unanimidade certamente estarão em qualquer lista de "os mais importantes da época":
  • Kaled Curi, o "Beduíno"
    peso galo dotado de fortíssima esquerda; frequentemente lutava com adversários de várias categorias acima, sendo que travou muitas lutas verdadeiramente antológicas; como amador, chegou a campeão latino-americano e como profissional foi campeão brasileiro; podia ter ido além se não se envolvesse tanto com questões administrativas das federações e com a promoção de lutas; após parar de lutar, dedicou-se a empresariar boxeadores e promover eventos de boxe profissional.
  • Ralph Zumbano, o "Bailarino"
    peso leve de pouca "pegada" mas estilo, esquiva, técnica e jogo de pernas elogiadas até internacionalmente; teve carreira curta como lutador, passando a treinador de sucesso.
    Como amador, seu ponto alto foram suas vitórias nas Olimpíadas de Londres, em 1948, quando só não foi o primeiro brasileiro a trazer medalha no boxe pois que teve o azar de ter de enfrentar, na terceira luta, o futuro campeão mundial Wallace Smith.
    Como profissional, teve sua grande oportunidade de projeção internacional ao ser convidado para uma temporada de lutas no centro mundial do boxe da época: o Madison Square Garden, em New York. Infelizmente, teve seu visto de entrada negado pelo consulado americano, devido à sua atuação política de linha socialista.
  • Luis Inácio, o "Luisão"
    talvez, o maior meio-pesado brasileiro de todos os tempos; extremamente popular por seu carisma, suas entrevistas folclóricas, sua velocidade e poder de punch; foi o primeiro brasileiro a conquistar medalha de ouro nos Jogos Panamericanos ( México 1955 ); como profissional, chegou a campeão sul-americano dos meio-pesados, tendo feito inúmeras lutas internacionais, inclusive com o legendário Archie Moore; sua popularidade acabou sendo sua tragédia: ao subestimar o famoso campeão chileno Humberto Loayza, numa troca de golpes, acabou sofrendo um violento nocaute; como era bilheteria certa, os empresários nem lhe deixaram descansar, continuaram a lhe promover lutas, as quais só agravaram a lesão que havia sofrido; o resultado foi o esperado: Luisão acabou "sonado" ( ficou extremamente sensível a qualquer golpe na cabeça e a exibir sintomas da chamada "demência pugilística" ) passando a ser derrotado por qualquer um, inclusive em brigas de rua com marginais; acabou morrendo como indigente e se tornando mais uma triste lição para o boxe profissional brasileiro.
  • Paulo de Jesus Cavalheiro
    Peso meio-médio, atuando profissionalmente entre 55 e 58. Extremamente carismático, só perderia em popularidade para o Zumbanão. Já era tratado como ídolo nos seus tempos de amador. Tinha grave problema cardíaco que prejudicava muito sua atuação.

A década de Eder Jofre: os anos 60's

O maior boxeador brasileiro de todos os tempos nasceu em uma família de pugilistas: tanto por parte do pai ( família Jofre, oriunda da Argentina ) como por parte da mãe ( família dos Zumbanos ). Assim que Éder Jofre, praticamente, nasceu dentro do ringue e desde cedo aprendeu as "manhas" da nobre arte.

Desde muito cedo exibia características que acabaram lhe colocando num lugar de destaque na história do boxe mundial: tinha como principal arma um fortísssimo gancho de esquerda ( vide foto ao lado ), e uma igualmente arrasadora direita; não menos importante era sua grande inteligência que lhe permitia modificar o estilo de luta segundo o adversário.

Estreiou como amador aos 17 anos de idade, em 1953. Em seus quatro anos de competição entre os amadores não conseguiu nenhum título de importância internacional. Seu sucesso só viria explodir como profissional, carreira que iniciou aos 21 anos, em 1956.

Já em 1958 tornou-se campeão brasileiro dos pesos galo. Contudo, o sucesso internacional não foi tão rápido. Para isso foi fundamental o trabalho de seu empresário, Jacó Nahun. Esse usou sua experiência para construir uma "escadinha" que permitisse Éder fazer um renome internacional e assim poder esperar por uma chance de disputar o título mundial. Em meados de 1959, Éder trocou de empresário, passando a trabalhar com Abraham Katzenelson, com o qual continuou por 16 anos ( Nahun, magoado com a decisao de Jofre, abandonou o boxe ).

Em 1960, Katzenelson conseguiu a inclusão de Éder entre os dez primeiros do ranking de galos da NBA ( a associação que mais tarde deu origem a atual WBA=Associação Mundial de Boxe ) e ainda nesse mesmo ano, finalmente, materializou-se a oportunidade de disputa pelo título mundial quando o então campeão mundial dos galos, Joe Becerra, renunciou ao seu título depois de ter causado a morte de seu último adversário. Com isso, no final de 1960, acabou sendo marcada uma luta pelo título vago entre Éder e o mexicano Eloy Sanchez. Éder Jofre precisou de apenas seis rounds para se adonar do cinturão.

Contudo, Éder ainda não havia chegado ao topo, pois a União Européia de Boxe não reconhecia os campeões da americana NBA. Foi só em 1962 que surgiu a oportunidade de uma luta pela unificação dos pesos galo, entre Jofre campeão pela NBA e Johnny Caldwell campeão pela UEB. Essa luta foi travada no ginásio do Ibirapuera, com um público record de 23 000 pessoas. Éder massacrou o irlandês Caldwell e se tornou o
undisputed champion dos pesos galo.

Jofre defendeu com sucesso seu cinturão por sete vezes, até 1965, não fugindo de nenhum adversário, por mais perigoso que esse fosse. Contudo, seu maior inimigo crescia a olhos vistos: era seu excesso de peso, que lhe fêz realizar várias lutas muito desidratado e até mal alimentado. Apesar disso, pressionado de vários lados, Éder preferiu não subir para a categoria dos pesos pena. A decisão foi errada: em 1965 foi vencido pelo maior boxeador japonês de todos os tempos, Masahiko "Fighting" Harada. No ano seguinte, o japonês concedeu revanche e venceu novamente. Com isso, Jofre declarou sua aposentadoria. Tinha 10 anos de profissionalismo e estava com 30 anos, o que é considerada uma idade avançada para um boxeador da categoria dos galos.

Como peso galo, Éder Jofre recebeu as maiores distinções: em eleição promovida pela mais conceituada publicação de boxe do mundo, The Ring Magazine, os leitores dessa revista elegeram Éder Jofre como um dos dez melhores boxeadores do século XX; foi o primeiro boxeador não americano indicado para o Hall of Fame do boxe; etc.

Epoca da penúria: 70's

O sucesso do peso galo Éder Jofre motivou o surgimento de muitos boxeadores brasileiros. Entre esses, os mais destacdos foram:
  • Servílio de Oliveira
    peso mosca de estilo brilhante, golpes e esquivas de precisão milimétrica; por muitos, é considerado o melhor boxeador já surgido no Brasil; estreiou em 1968 nos amadores e já no mesmo ano conseguiu o maior feito do boxe amador brasileiro até então: medalha de bronze nas Olimpíadas; em 1969 estreiou nos profissionais onde atuou até 1971, fazendo várias lutas internacionais, a maioria com boxeadores sul-americanos; em 1971, em luta com um mexicano, sofreu um deslocamento de retina que o deixou praticamente cego do olho direito e o fêz abandonar sua muitísssimo promissora carreira; em 1976, tentou voltar, chegando a fazer algums lutas internacionais, mas na primeira disputa de título, sofreu impedimento médico e abandonou de vez o esporte.
  • Miguel de Oliveira
    iniciou no profissionalismo na mesma época que Servílio e se destacou por ser um peso médio-ligeiro de soco potente, especialmente quando desferia o hook no fígado, e de ser dotado de grande inteligência; em 1973 já tinha 29 lutas e teve sua oportunidade na disputa pelo título mundial pelo CMB; em 1975 teve nova chance, agora com sucesso, arrebantando o cinturão mundial pelo CMB do espanhol José Duran; infelizmente, mal orientado, perdeu o título já na primeira defesa.
O terceiro boxeador importante dessa época foi, novamente, Éder Jofre, que, premido por dificuldades financeiras, voltou a boxear em 1970, agora nos pesos pena. Éder continuou a brilhar e em 1973 conquistou o título mundial do CMB, infelizmente não tão importante quanto o que tinha ganho como galo. Também não teve sorte com seu empresário que acabou deixando-o em inatividade por tempo excessivo o que fêz com que o CMB o destituísse do título. Apesar de não ser mais campeão, ele continou a lutar, sempre invicto até 1976, quando encerrou definitivamente sua carreira, aos 40 anos de idade. Ao longo de sua vida de profissional, realizou 78 lutas, sendo que ganhou 50 por nocaute e teve apenas duas derrotas, ambas por pontos e para o histórico Masahiko "Fighting" Harada.

Assim que, quase simultaneamente, tivemos a aposentadoria de três dos maiores lutadores brasileiros de todos os tempos: Jofre, Servílio e Miguel de Oliveira. Isso e a transmissão dos jogos de futebol pela TV funcionaram como uma ducha fria no boxe brasileiro, que mergulhou num período bastante negro, de ginásios vazios e poucas perspectivas.

O fenômeno Maguila e o ressurgimento do boxe

No início dos anos oitenta, pela primeira vez no Brasil, uma rede de TV ( a TV Bandeirantes ), por iniciativa de seu diretor de esportes ( Luciano do Valle, o qual também atuava como promotor de eventos esportivos, através de sua empresa, a Luque Propaganda, Promoções e Produções ), resolveu investir pesado no boxe, transformando-o em espetáculo de massa.

Os primeiros boxeadores feitos pela TV brasileira, Francisco Thomás da Cruz ( peso super-pena ) e Rui Barbosa Bonfim ( meio-pesado ), tiveram relativo sucesso, mas foi só com Adislon "Maguila" Rodrigues que as transmissões de lutas de boxe pela TV alcançaram absoluta liderança de audiência.

Maguila, com 1,86 metros e cerca de 100 Kg, foi um dos poucos pesos pesados brasileiros. Tinha grandes elementos para ser um ídolo: enorme carisma aliado à grande valentia, mobilidade e uma direita demolidora que lhe propiciou nada menos do que 78 nocautes em sua carreira de 87 lutas, a maioria das quais com lutadores europeus, sul-americanos e norte-americanos.

Maguila estreiou como profissional em 1983, tendo Ralph Zumbano como técnico e Kaled Curi como empresário. Em 1986, já no auge da fama, assinou contrato com a Luque e passou a treinar com Miguel de Oliveira que alterou profundamente seu estilo de luta e corrigiu seus defeitos de defesa. Como consequência, em 1989, chegou a ser o segundo colocado no ranking do CMB e em rota de colisão com Mike Tyson, na época, o undisputed champion do mundo.

O grande momento, contudo, nunca ocorreu. Precisou enfrentar dois dos maiores pesados do século: Evander Holyfield e George Foreman. Perdeu essas duas lutas e isso lhe tirou não só a chance de disputar o título como o encaminhou para a obscuridade. Para piorar, Maguila aumentou muito de peso, perdendo a forma física. Apesar disso, em 1995, chegou a campeão mundial pela WBF ( Federação Mundial de Boxe ), uma associação que ainda não havia conseguido grande respeitabilidade. Com falta de patrocínio, pouco tempo depois, Maguila foi destituído do título por inatividade.

Com o ocaso de Maguila, também veio o do boxe brasileiro que rapidamente perdeu o enorme espaço que havia tido na televisão.

No final dos anos noventa, surgiu uma nova promessa: Acelino de Freitas, o Popó. Patrocinado pela Rede Globo de televisão, Popó rapidamente chegou ao título de campeão mundial pela Organização Mundial de Boxe e, no início de 2002, sagrou-se campeão pela bem mais importante Associação Mundial de Boxe. Ainda é cedo para avaliarmos a posição que lhe reservará a História.

pugilista brasileiro


O RankBrasil homologou o maior nome do boxe brasileiro, Éder Jofre condecorado mundialmente por seus grandes feitos no esporte...


Maior pugilista brasileiro

O RankBrasil homologou Éder Jofre como sendo o “Maior Pugilista Brasileiro” de todos os tempos.

Éder Jofre nasceu na cidade de São Paulo, no dia 26 de março de 1936, ficou conhecido pelo apelido de “Galinho Ouro”, tendo conquistado os títulos mundiais de pesos galo e pena.

No ano de 1958 Jofre conquistou o título brasileiro de galos, e em 1960 o sul-americano. Em 1961, mudou para os Estados Unidos com um currículo de 26 lutas disputadas, sendo 24 vitórias e dois empates. Neste mesmo ano conquistou o título mundial dos pesos galo pela National Boxing Asociation.

No ano de 62, venceu o irlandês Johnny Caldwell, unificou o título dos galos e tornou-se o único campeão do mundo na categoria. Até o ano de 1965, Jofre já havia defendido seu título sete vezes, vencendo todas as lutas por nocaute. Isso lhe rendeu o recorde de maior defensor do título da categoria em lutas consecutivas vencidas por nocaute.

Jofre venceu todas as lutas que realizou na categoria pena, conquistando o título do Conselho Mundial de Boxe em 1973. Parou de lutar com a marca de 81 lutas, 77 vitórias, 52 por nocaute, dois empates e duas derrotas.

No ano de 1992, foi condecorado por especialista para fazer parte do Salão da Fama do boxe mundial, foi eleito entre os 50 melhores boxeadores da era moderna.

Títulos:

Campeão da Forja de Campeões (amador) - 1953

Campeão Brasileiro dos galos - 1958

Campeão Sul-americano dos galos - 1960

Campeão Mundial da AMB (Associação Mundial de Boxe) dos galos - 1960

Campeão Unificado (títulos pelas federações americanas e européias) dos galos - 1962

Campeão Mundial dos penas pelo CMB (Conselho Mundial de Boxe) - 1973

Prêmios e homenagens:

Melhor "peso galo" do mundo - 1963

Melhor "peso galo" de todos os tempos - CMB (Conselho Mundial de Boxe)

Melhor na categoria de peso na América Latina - Imprensa da República Dominicana

Pugilistas que defenderem com sucesso o seu cinturão nos galos ganham o "Troféu Eder Jofre".

Indicado para o "Hall da Fama" do boxe - 1992.

Nono melhor pugilista dos últimos cinqüenta anos - Revista norte-americana "The Ring" - 2002

Boxe ou pugilismo

O boxe ou pugilismo é uma arte marcial e esporte de combate que usa apenas os punhos, tanto para a defesa como para o ataque. A palavra deriva do inglês "to box", que significa "bater", ou "pugilismo" ("bater com os punhos"), expressão utilizada na Inglaterra entre 1000 e 1850.Essa arte é modernamente chamada de "pugilismo", que tem origens diversas como, no latim, em pugil, que significa "lutador com cestus" (que eram um conjunto de correias de couro, placas de ferro e chumbo que guarneciam os punhos dos lutadores romanos da antigüidade), ou em "pugillus", que significa "punho fechado", em forma de soco.

Populares na Inglaterra nos séculos XVIII e XIX, as lutas de boxe com as mãos descobertas eram brutais. O desporto foi reformado em 1867, com as regras de Queensberry, que previam rounds de três minutos e o uso de luvas. Entraram em vigor em 1872.O boxe foi primeiramente considerado esporte olímpico em 688 a.C., na 23ª olimpíada. Porém, quando ressurgiram as Olimpíadas da Era Moderna, o COI (comitê olímpico internacional) não admitia a inclusão do boxe por não achar o esporte condizente com o clima de confraternização entre os atletas. O boxe foi incluído como demonstração na Olimpíada de 1912 em Estocolmo (Suécia), só se tornando um desporto olímpico moderno na Olimpíada de 1920 em Antuérpia (Bélgica).

O boxe tailandês descende de uma arte marcial chamada muay thai, que incorporou regras e movimentos do boxe inglês, os golpes dados com os punhos são praticamente os mesmos, porém em uma luta de muay thai é permitido usar os cotovelos, os joelhos e as canelas para golpear os adversários. O boxe profissional possui dez ou doze rounds no máximo.

Sparring é o pugilista que ajuda o outro a treinar, e quase sempre são de ótimos niveis. Treina os grandes pugilistas, ajudando-os a desenvolver seu potencial de golpes. Após ser sparring alguns deles profissionalizam-se. Antes de seu retorno aos ringues, Mike Tyson enfrentou (e nocauteou brutalmente) dezoito sparrings. Um deles seguiu numa maca para o hospital. Larry Holmes já foi sparring de Muhammad Ali. Oscar de La Hoya já foi sparring de Julio Cesar Chavez, e Riddick Bowe, de Evander Holyfield.

Golpes utilizados no boxe:

- Jab: golpe frontal com o punho que está a frente na guarda. Embora seja geralmente usado para afastar o oponente ou para medir a distancia, ele pode nocautear.

-Direto: golpe frontal com o punho que está atrás na guarda. É um golpe muito rápido e forte.

-Cruzado Cross: tão potente quanto o Direto, porém o alvo é a lateral da cabeça do adversário. O cruzado termina seu movimento com o braço esticado.

-Upper: desferido de baixo para cima visando atingir o queixo do oponente.

-Hook ou gancho (em português): golpe desferido em movimento curvo do punho, atingindo lateralmente, dificultanto a defesa do oponente. Difere do Cruzado pela distância que é aplicado (próximo e contornando a guarda adversária). O Hook termina seu movimento com o braço flexionado.

Knock out:

O knock out (KO), abrazileirado para "nocaute", ocorre quando um dos lutadores fica incapacitado de continuar lutando. Seja por estar desmaiado, muito ferido ou visivelmente atordoado. Caso o lutador esteja nocauteado mas ainda esteja em pé, o juiz pode interromper a luta dando a vitória ao adversário e a perda de 10 pontos.

Golpes baixos:

Os golpes baixos são os aplicados abaixo da cintura e não são permitidos no boxe. Se o outro adversário bater em uma dessas partes, o mesmo será advertido e, na reincidência, poderá ser eliminado, a critério do árbitro. Os golpes permitidos são os aplicados na parte frontal do adversário, como no rosto e no abdomen.

Categorias de peso do Boxe ProfissionalÇ Estão listadas as categorias das quatro principais organizações do boxe internacional: Associação Mundial de Boxe (AMB), Conselho Mundial de Boxe (CMB), Federação Internacional de Boxe (FIB) e Organização Mundial de Boxe (OMB); além da classificação do site BoxRec, referência internacional de classificação independente.

Peso AMB CMB FIB OMB BoxRec

201+ lb (91.4+ kg) Peso-Pesado Peso-Pesado Peso-Pesado Peso-Pesado Peso-Pesado

176 to 200 lb (90.7 kg) Cruzador Cruzador Cruzador Pesado-Júnior Cruzador

169 to 175 lb (79.4 kg) Meio-Pesado Meio-Pesado Meio-Pesado Meio-Pesado Meio-Pesado

161 to 168 lb (76.2 kg) Super-Médio Super-Médio Super-Médio Super-Médio Super-Médio

155 to 160 lb (72.6 kg) Peso-Médio Peso-Médio Peso-Médio Peso-Médio Peso-Médio

148 to 154 lb (69.9 kg) Médio-Ligeiro Médio-Ligeiro Médio-Ligeiro Médio-Ligeiro Médio-Ligeiro

141 to 147 lb (66.7 kg) Meio-Médio Meio-Médio Meio-Médio Meio-Médio Meio-Médio

136 to 140 lb (63.5 kg) Super-Leve Super-Leve Meio-Médio-Júnior Meio-Médio-Júnior Meio-Médio-Leve

131 to 135 lb (61.2 kg) Peso-Leve Peso-Leve Peso-Leve Peso-Leve Peso-Leve

127 to 130 lb (59.0 kg) Super-Pena Super-Pena Leve-Júnior Leve-Júnior Super-Pena

123 to 126 lb (57.2 kg) Peso-Pena Peso-Pena Peso-Pena Peso-Pena Peso-Pena

119 to 122 lb (55.3 kg) Super-Galo Super-Galo Leve-Júnior Leve-Júnior Super-Galo

116 to 118 lb (53.5 kg) Peso-Galo Peso-Galo Peso-Galo Peso-Galo Peso-Galo

113 to 115 lb (52.2 kg) Super-Mosca Super-Mosca Galo-Júnior Galo-Júnior Super-Mosca

109 to 112 lb (50.8 kg) Peso-Mosca Peso-Mosca Peso-Mosca Peso-Mosca Peso-Mosca

106 to 108 lb (49.0 kg) Mosca-Ligeiro Mosca-Ligeiro Mosca-Júnior Mosca-Júnior Mosca-Ligeiro

96 to 105 lb (47.6 kg) Peso-Mínimo Peso-Mínimo Mini-Mosca Mini-Mosca Peso Mínimo

Categorias de peso do Boxe Amador:

Aplica-se aos Jogos Olímpicos, Jogos Panamericanos e demais competições ligadas a Federação Internacional de Boxe Amador.

Peso Categoria

91+ kg (200+ lb) Super-Pesado

91 kg (200 lb) Peso-Pesado

81 kg (178 lb) Meio-Pesado

75 kg (165 lb) Peso-Médio

69 kg (152 lb) Meio-Médio

64 kg (141 lb) Meio-Médio-Ligeiro

60 kg (132 lb) Peso-Leve

57 kg (125 lb) Peso-Pena

54 kg (119 lb) Peso-Galo

51 kg (112 lb) Peso-Mosca

48 kg (106 lb) Mosca-Ligeiro

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Categorias_de_peso_do_boxe